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Euclides e o berço de Os Sertões
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Cria força o Memorial Euclides da Cunha
2007-03-05 14:46:17

 

Cria força o Memorial Euclides da Cunha
9/1/2007 09:48:47

O projeto do arquiteto Willian Fagiolo para construção do Memorial Euclides da Cunha continua movimentando euclidianos. Tenho recebido e-mails de professores que enxergam na iniciativa uma forma de recompor o euclidianismo. O processo de expansão da implantação do Memorial passa, agora, pela divulgação junto às entidades e pessoas que se interessam pelo assunto e a exposição na Câmara Municipal com a presença de quem quiser estar presente... Após as explicações que serão  feitas por Willian Fagiolo, o projeto deverá passar por audiências públicas, onde serão colhidas informações, sugestões, críticas e tudo o mais que for útil para facilitar a implantação do Memorial.

 A Casa de Cultura Euclides da Cunha tem importante papel como participante deste movimento. Foi ali que o euclidianismo se desenvolveu aqui na cidade e, de certa forma, deu a oportunidade para que existisse a idéia do Memorial. As modificações introduzidas na Semana Euclidiana pela gestão do PSDB não ajudam muito, da mesma forma que considerar o euclidianismo como uma atração turística, também não. Aos poucos vamos discutindo estas questões e, com certeza, a luz vai aparecer no final do túnel.

Acho interessante o fato de professores que já participaram do Ciclo, e que agora estão sendo esquecidos, terem uma visão sobre o Memorial bastante ampla e que batem com o que penso. O último e-mail que recebi foi da professora Adonira Beretta, de São José do Rio Preto. Transcrevo na íntegra:

 

“Álvaro,

Li com muita atenção a correspondência que me enviou há cerca de uma semana. A criação de um memorial, já materializado em projeto, é luminosa e tem alcance inimaginável a curto prazo. Tento justificar algumas razões:

a) consagração da cidade de São José do Rio Pardo como berço de Os sertões; construção da ponte metálica; existência da Casa de Cultura Euclides da Cunha, que constitui um dos mais ricos acervos bibliográficos envolvendo as obras de Euclides da Cunha, fortuna crítica, história de Canudos.

b) retomada da tradição clássica do movimento euclidiano

c) reconstrução da própria trajetória histórica nacional, que traz o vigor da análise, da reflexão, da excelência das criações literárias, sobretudo as deixadas por Euclides em Os Sertões.

Toda essa riqueza cultural mesclada às percepções do presente por alunos e pesquisadores são responsáveis pelo afloramento de novas leituras sob múltiplos olhares.

São José do Rio Pardo é símbolo nacional e pólo do euclidianismo. Parabéns a você e a todos que participam deste fabuloso projeto. Não parem, prossigam nessa façanha revolucionária, que promete muitos frutos.

Adonira”.  

 

2 de dezembro

 

Não tomei conhecimento de nenhuma programação relacionada à data de publicação de Os Sertões, no dia 2 de dezembro. Da mesma forma ainda não sei de nada programado para  lembrar o nascimento de Euclides da Cunha, no dia 20 de janeiro. As duas datas faziam parte do calendário euclidiano em São José do Rio Pardo.

 

Expectativas marcam novo mandato

da Câmara

 

O vereador Caco Gumieri mantém silêncio com relação à sua saída do PSDB. Procurei-o no começo desta semana, mas não consegui a entrevista que queria. Erro meu na digitação do e-mail prejudicou nosso contato. Fica para a semana que vem. O assunto vem causando polêmica propiciando apostas entre os vereadores. Para uns, a saída do Caco são favas contadas; outros pensam que o partido arranjará uma forma de mantê-lo em seu quadro.

Deixadas de lado as questões meramente políticas, acredito que o Caco, em que partido estiver,   manterá a Câmara como um poder independente e forte como vinha fazendo seu antecessor, Reinaldo Milan. Particularmente, torço para que a Câmara se interesse pelos seguintes assuntos: construção do campus universitário, para o desenvolvimento da FEUC; se posicione contra o processo de desconstrução da Semana Euclidiana, que vem sendo adotado pela Casa de Cultura Euclides da Cunha e apóie o movimento já iniciado para a construção do Memorial Euclides da Cunha.

Acho que a Câmara discute pouco os assuntos culturais de São José do Rio Pardo e o resultado disso não é bom. O pouco que vi no Mercado Municipal durante a programação de Natal foi de doer. E o que é pior: as apresentações foram colocadas como fruto de um trabalho organizado. Não tive essa impressão. Com certeza, pode melhorar muito a partir do momento em que estas ações, seus custos e intenções forem questionados, discutidos. Não é preciso polêmica, só o questionamento deve ser suficiente. Tudo uma questão de ponto de vista.

 

Alvaro R. O. Netto

 
Alvaro R. O. Netto
 
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