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Euclides e o berço de Os Sertões
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Nossa Ponte faz 108 Anos
2009-09-04 10:20:05

 

 

Rodolpho José Del Guerra

15 de Maio de 2009

 

Uma ponte resistente, que não fosse levada pelas enchentes, era velha reivindicação dos rio-pardenses, “porque as relações de São José do Rio Pardo com o Estado de Minas Gerais são vastas (...)”
1892 – O projeto para a construção foi apresentado por três senadores: Ricardo Batista, Antônio Mercado e Silva Pinto Júnior, em 28 de junho de 1892
1896 – Depois da reivindicação dos rio-pardenses, durante anos, a construção da ponte metálica alemã foi autorizada, em 1896. Ganhou a concorrência para construí-la o engenheiro Arthur Pio Deschamps de Montmorency.
O engenheiro Heitor Georgotich projetou a ponte em três lances de 33,36m cada um, tendo 100,08m de comprimento, 6,60m de largura entre as vigas principais, e 4,50m entre os passeios. (Esta largura foi reduzida a 3,50m, em 1985, dando passagem a um só veículo). Custo: 256.617$080. Obras iniciadas entre maio e junho de 1896 pelo engenheiro Arthur Pio Deschamps de Montmorency, ganhador da concorrência.
Em fins de fevereiro, ou início de março de 1897, a ponte metálica, vinda da Alemanha já se encontrava em São José.
Enquanto construía a ponte, Montmorency animou o povo da cidade a comprar ações e a participar da construção de uma pequena usina hidrelétrica.
O engenheiro Euclides da Cunha, que abandonara a carreira militar, dedicou-se à engenharia, indo trabalhar na Superintendência de Obras Públicas. Como fiscal, veio a São José, como fiscal, duas vezes: em agosto e setembro de 1896. 
A ponte e a luz elétrica foram inauguradas no mesmo dia: 19 de dezembro de 1897. A ponte desde 3 de dezembro já estava aberta ao público.
A ponte ruiu, emborcou, 50 dias depois de inaugurada, na madrugada de 23 de janeiro de 1898. Houve processo contra Montmorency, que foi absolvido em 1900.
O engenheiro Euclides da Cunha, que tinha voltado havia pouco de Canudos, onde esteve como repórter de guerra do jornal “O Estado de São Paulo”, assustou-se com as notícias jornalísticas da queda da ponte. Pediu para reconstruí-la. No início de 1898, mudou-se para São José, com a família: Anna e os dois filhos: Sólon e Euclides Filho. Nos momentos de folga do árduo trabalho de engenheiro, ele dava continuidade ao seu livro Os Sertões (80% aqui escrito).
Em janeiro de 1901, ponte e livro estavam prontos. Depois da inauguração da ponte, em 18 de maio de 1901, quando também foi batizado seu filho rio-pardense, Manoel Afonso, Euclides deixou São José, continuando a sua missão de “engenheiro errante”.

 

Rodolpho José Del Guerra

 
Rodolpho José Del Guerra
 
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