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Euclides e o berço de Os Sertões
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Antigas capelas de São José do Rio Pardo (final)
2007-05-23 10:34:49

 

Antigas capelas de São José do Rio Pardo (final)
22/5/2007 15:26:46

Capela Nossa Senhora Aparecida

 

Esta foi construída no bairro do Bonsucesso, em terreno de Serafim Felipe, com donativos oferecidos pelos moradores desde abril de 1908 e inaugurada em 12 de dezembro de 1909, sendo vigário da Paróquia o padre José Pedro de Araújo Marcondes (1).

Deve-se ao mesmo Serafim Felipe e sua esposa a doação do referido terreno e seu largo à fábrica da Igreja Matriz, conforme escritura passada no Cartório de Registro de Imóveis em 6 de setembro de 1915; em outubro desse ano, Serafim Felipe contratou os serviços de Antonio Molfi para o acabamento das obras da capela, sendo vigário o padre Euclides Carneiro.

Mas a primitiva capela de Nossa Senhora Aparecida, construída com a renda de muitas festas, sempre realizadas entre agosto e setembro, tornou-se pequena para o número de fiéis e foi demolida para a edificação de nova igreja; quando da visita pastoral do bispo D. Alberto, em 17 de setembro de 1931, ela estava em construção.

A nova igreja que foi construída com nova nave de 20 por 10 matros, recebeu o altar de mármore feito por Jordão Henrique Silva, porta de jacarandá por Rafael Cautela e ferragens de Ângelo Tessari, todos artesões de São José do Rio Pardo. Sua inauguração deve ter ocorrido nos primeiros anos da década de 20, com a bênção do vigário Guilherme Arnold.

 

Capelinha do bairro Euclides da Cunha

 

A ponte metálica inaugurada em maio de 1901, unindo as margens do rio como passagem definitiva, tornou-se desde logo um importante elemento de comunicação entre o centro da cidade e o subúrbio além Rio Pardo; aos poucos, com a vinda de novos moradores, formou-se ali um bairro que, em homenagem ao autor de ´Os Sertões´ e construtor da ponte, recebeu o nome de Euclides da Cunha.

Com o tempo, seus habitantes sentiram a necessidade de uma capelinha para sua devoção; por estar em área da antiga fazenda Santo Antônio, de João Teodoro Nogueira, é bem possível que essa circunstância tenha determinado a escolha do padroeiro.

O sonho dos fiéis do bairro em ter sua capelinha começou a se concretizar quando Adelino do Nascimento doou à fabrica da Igreja Matriz de São José um terreno para edificar a capela e sua praça, situado na fazenda Açudinho, conforme escrituras de 14 de novembro e 20 de dezembro de 1915 do Cartório do Registro de Imóveis e 1º Tabelião.

Com a promessa dessa doação e contribuições dos moradores, a construção da capela deve ter começado no início de 1915, pois o jornal ´O Progresso´, em junho desse ano, informou que foi elevada a receita das festas de Santo Antônio em beneficio da conclusão das obras.

De muita alegria para os moradores do bairro Euclides da Cunha, foi a festa de 13 de junho de 1918; o padre Euclides Carneiro, após a bênção, celebrou a primeira missa na capelinha; do ato solene de inauguração foram padrinhos d. Araci Maranhão e o capitão Mário Rodrigues, sendo festeiros d. Maria Navega e Lando Argentieri. As festas realizadas de 4 a 13 de junho contaram com a colaboração da banda União Rio-Pardense, regida pelo maestro Francisco Cônsolo, do operador de cinema Braguetta e do pirotécnico Paulo Di Pietro.

Em 1920 o padre Guilherme Arnold adquiriu para a Igreja Matriz novos bancos com encosto e genuflectório, transferindo os antigos para as capelas de Nossa Senhora Aparecida e de Santo Antônio. Nos anos de 1931 e 1932, com a renda de cinco anos de festas e quermesses, a capela estava sendo reconstruída; aumentada com torre, teria sido inaugurada em 13 de junho de 1933, pelo vigário Guilherme. Posteriormente a igreja de Santo Antonio recebeu o esplêndido altar-mór da antiga Igreja Matriz e ali permaneceu por muitos anos; restaurado, encontra-se atualmente no Museu Rio-Pardense (2)

E foi na igreja de Santo Antonio que, no dia 6 de novembro de 1988, o bispo D. Tomás Vaquero instalou a Paróquia Cristo Redentor, nomeando seu primeiro vigário o padre rio-Pardense João José Minussi. A solenidade contou com a presença dos vigários Denizar Coelho, da Matriz de São José, e Orani João Tempesta, da Paróquia de São Roque; dos padres Alberto Finotti, de Moji-Guaçú; Olésio Blasi, de São Sebastião da Grama; cônego Orlando de Souza Planacci, vigário de Mococa; o prefeito municipal Silvio França Torres e outras autoridades civis e religiosas; encerrou-se a cerimônia com a apresentação da Corporação Musical Euclides da Cunha e fogos de artifício.

 

FONTES

1. Torres, Giselle – “Nossa Senhora da Aparecida: devoção e graças alcançadas” – Gazeta do Rio Pardo, 1/7/1995.

2. Del Guerra, Rodolfo José – “O enjeitado altar” – Gazeta do Rio Pardo, 19/4/1986.

Gazeta do Rio Pardo – 10/6/1915, 10/10/1915, 30/6/1918, 23/8/1919, 17/3/1963, 25/12/1975, 12/11,/1988, 25/12/1990.

O Rio Pardo – 15/2/1903.

O Progresso – 13/9/1919, 22/11/1919.

Resenha – 30/3/1941, 21/6/1942.

 

 
Amélia Franzolin Trevisan
 
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