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Euclides e o berço de Os Sertões
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Antônio Conselheiro e Canudos: Aspectos Piscológicos
2001-07-25 00:00:00

 

                                                                                                                        

O HOMEM – apóscaracterizar geologicamente a terra, Euclides da Cunha passa a tratar do homemem seus aspectos bio-psíquico-sociais.

O SERTANEJO – ( = fotografia descrita )

                “Osertanejo é, antes de tudo, um forte. Não tem o raquitismo exaustivo dosmestiços neurastênicos do litoral.

                A suaaparência, entretanto, ao primeiro lance de vista, revela o contrário.Falta-lhe a plástica impecável, o desempeno, a estrutura corretíssima dasorganizações atléticas.

                Édesgracioso, desengonçado, torto. Hércules – Quasímodo, reflete no aspecto afealdade típica dos fracos. O andar sem firmeza, sem aprumo, quase gingante esinuoso, aparenta a translação de membros desarticulados. Agrava-o a posturanormalmente abatida, num manifestar de displicência que lhe dá um caráter dehumildade deprimente”.

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DESCRIÇÃO DO HOMEMPOR  EUCLIDES DA CUNHA:

ASPECTOS INTERNOS  ( = afetivos) : - ilusão,alucinação, depressão, frustração, isolamento, humildade.

ASPECTOS EXTERNOS  ( = físicos )  : - desgracioso, desengonçado, torto, fealdade, posturaincorreta, displicente, humildade deprimente, bambolear, equilíbrio instável,pés grandes, simplicidade ridícula e adorável, permanentemente fatigado,preguiça invencível.

Este sertanejo descrito por Euclides da Cunha vai defenderAntônio Conselheiro na parte da LUTA; muda sua caracterização exterior edesencadeia suas energias adormecidas, basta aparecer um INCIDENTE ou ESTÍMULO,o homem transfigura-se  -  ACORDA - : ombros possantes, olhar desassombrado e forte, corrige seu relaxamentopostural, toma aspecto dominador, surge a força e a agilidade.

OPOSIÇÃO : - apatias longas   x   extremosimpulsos   ( = mutação, choque)

                “Nãohá contê-lo, então, o ímpeto. Que se lhe entolhem quebradas, acervos de pedras,coivaras, moitas de espinhos ou barrancas de ribeirões, nada lhe impedeencalçar o garrote desgarrado, porque por onde passa o boi passa o vaqueiro comseu cavalo...

                A suacompleição robusta ostenta-se, nesse momento, em toda a plenitude.”

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JAGUNÇO  ( = fotografia descrita)

O jagunço é menos teatralmente heróico; é mais tenaz; é maisresistente; é mais perigoso; é mais

forte; é mais duro.

Raro assume esta feiçãoromanesca e gloriosa. Procura o adversário com o propósito firme de o destruir,seja como for.

Está afeiçoado aos préliosobscuros e longos, sem expansões entusiásticas. A sua vida é uma conquistaarduamente feita, em faina diuturna. Guarda-a como capital precioso. Nãoesperdiça a mais ligeira contração muscular, a mais leve vibração nervosa sem acerteza do resultado. Calcula friamente o pugilato. Ao riscar a faca não dá umgolpe em falso. Ao apontar a lazarina longa ou o trabuco pesado, dorme napontaria...

Se, ineficaz o arremessofulminante, o contrário enterreirado não baqueia, o gaúcho, vencido oupulseado, é fragílimo nas aperturas de uma situação inferior ou indecisa.

O jagunço, não. Recua. Mas,no recuar é mais temeroso ainda. É um negacear demoníaco. O adversário tem,daquela hora em diante, visando-o pelo cano da espingarda, um ódioinextinguível, oculto no sombreado das tocaias...”   ( agir pelo instinto e não pela razão)

 


DESCRIÇÃO DE EUCLIDES DA CUNHA: - tenaz; perigoso; forte; duro;procura o adversário com o propósito de destruí-lo; introspectivo (pensa e ageem silêncio); vida conquistada arduamente; trabalha dia e noite; vida como capitalprecioso  ( = valorização) ; não dá umpasso em falso; tem certeza do resultado; calcula os resultados da luta; não dáum golpe em falso; não baqueia, permanece firme até vencer; não recua; serecuar torna-se mais temeroso; age pelo instinto ( = negacear demoníaco); ódioinextinguível; oculto nas tocaias.

O retrato bio-psicológicodo sertanejo e do jagunço nos permite caracterizar psicologicamente o povocanudense. Juntando-se as características físicas e psíquicas que foramexpostas acima, podemos visualizar o tipo de HOMEM em sua composição durante aluta.  O QUE SERIA A LUTA COM AQUELETIPO FÍSICO?

Além destascaracterísticas, o povo contava com o estímulo externo da figura do LÍDERDOMINADOR, possessivo, ANTÔNIO CONSELHEIRO, que, com base nos reflexos que areligião oferecia ao povo, incitava-os a pôr em prática seus caracteresbio-psicológicos, defendendo o direito de posse da terra, ‘TERRA PROMETIDA’’ ,onde o homem seria dirigido por Deus em busca de melhores dias, longe de leis eimpostos humanos. Ex. A CANAÃ – terra prometida aos homens sofredores, ondehaveria leite, mel, pão, água, etc.

Para o canudense importavaa lei divina emitida através da boca de Antônio Conselheiro que era tido como oPROFETA DE DEUS para aquele povo que buscava dias melhores na terra.

ANTÔNIOCONSELHEIRO, DOCUMENTO VIVO DE ATAVISMO

“Considerando em torno, ofalso apóstolo, que o próprio excesso de subjetivismo predispusera à revoltacontra a ordem natural, como observou a fórmula do próprio delírio. Não era umincompreendido. A multidão aclamava-o representante natural das suas aspiraçõesmais altas. Não foi, por isto, além. Não deslizou para a demência. No gravitarcontínuo para o mínimo de uma curva, para o completo obscurecimento da razão, omeio reagindo por sua vez amparou-o, corrigindo-o, fazendo estabelecerencadeamento nunca destruído nas mais exageradas concepções, certa ordem nopróprio desvario, coerência indestrutível em todos os atos e disciplina rara emtodas as paixões, de sorte que ao atravessar, largos anos, nas práticasascéticas, o sertão alvorotado, tinha na atitude, na palavra e no gesto, atranqüilidade, a altitude e a resignação soberana de um apóstolo antigo.

Evangelho de João 1: 23  - “Voz do que clama no deserto, preparai ocaminho do Senhor”.

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Era o profeta, o emissáriodas alturas, transfigurado por ilapso estupendo, mas adstrito a todas ascontingências humanas, passível do sofrimento e da morte, e tendo uma funçãoexclusiva : apontar

aos pecadores o caminho dasalvação. Satisfez-se sempre com este papel de delegado dos céus. Não foi além.Era um servo jungido à tarefa dura; e lá se foi, caminho dos sertões bravios,largo tempo, arrastando a carcaça claudicante, arrebatado por aquela idéiafixa, mas de algum modo lúcido em todos os atos, impressionando pela firmezanunca abalada e seguindo para um objetivo fixo com finalidade irresistível.”

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ANTÔNIO CONSELHEIRO

                Nãose sabe com certeza tudo o que aconteceu, mas conta-se que Antônio MendesMaciel foi traído pela mulher, que fugiu com outro homem. Transtornado pelahumilhação, Antônio começou a perambular sem destino certo pelo interior doCeará e outros Estados do Nordeste. Para sobreviver, trabalhou como pedreiro econstrutor ( ofício que aprendera com o pai), restaurando e construindocapelas, igrejas e cemitérios.

                Essetipo de trabalho e as pregações do famoso padre IBIAPINA – que andava pelosertão praticando obras de caridade  -influenciaram Antônio Maciel. Começou a ler o Evangelho e divulgá-lo entre opovo humilde. Ouvia os problemas das pessoas e procurava consolá-las com baseem mensagens religiosas. Os conselhos que dava acabaram tornando-o conhecidocomo Antônio Conselheiro.

                Suaspalavras atraíam um número cada vez maior de pessoas, gente  muito pobre que passou a acompanhá-lo emsuas andanças. À medida que a simpatia dos pobres aumentava, surgia aqui e alio ódio dos que se sentiam prejudicados. De um lado, os padres, que viam seuprestígio diminuir diante das pregações de um leigo, de um homem que nãopertencia ao clero; de outro, os latifundiários, que viam muitos empregados desuas fazendas abandonarem tudo para seguir o “fanático”.

                Em1874, o Conselheiro e seus seguidores fixaram-se perto da vila de Itapicuru deCima, no sertão da Bahia, onde fundaram o ARRAIAL DO BOM JESUS. Dois anosdepois, acusado de Ter assassinado a mãe e a esposa, Antônio Maciel foi preso emandado para o Ceará. Ficou demonstrado que não havia nenhum fundamento para aacusação. Devia ser obra de seus inimigos.

               

                Solto,Antônio Conselheiro voltou para a Bahia. Os seguidores passaram a encará-locomo mártir e seu prestígio de líder religioso aumentou. Mais gente se reunia àsua volta e o acompanhava pelo sertão afora, em andanças que se estenderampelos dezessete anos seguintes, até 1893.

                OBS.:- RELIGIOSIDADE  E DEDICAÇÃO EXCESSIVA À RELIGIÃO -  são aspectos que alteram  a personalidade do indivíduo.

ANTÔNIO CONSELHEIRO, DOCUMENTO VIVO DE ATAVISMO  ( cont.)

               

                “Énatural que estas camadas profundas da nossa estratificação étnica sesublevassem numa anticlinal extraordinária – Antônio Conselheiro...

                Aimagem é corretíssima.

                Damesma forma que o geólogo, interpretando a inclinação e a orientação dosestratos truncados de antigas formações , esboça o perfil de uma montanhaextinta, o historiador só pode avaliar a atitude daquele homem que por si nadavaleu, considerando a psicologia da sociedade que o criou. Isolado, ele seperde na turba dos nevróticos vulgares. Pode ser incluído numa modalidadequalquer de psicose progressiva. Mas posto em função de meio, assombra. É umadiátese, e é uma síntese. As fases singulares da sua existência não são,talvez, períodos sucessivos de uma moléstia grave, mas são, com certeza, resumoabreviado dos aspectos predominantes de um mal social gravíssimo. Por isto oinfeliz, destinado à solicitude dos médicos, veio, impelido por uma potênciasuperior, bater de encontro a uma civilização, indo para a história comopoderia Ter ido para o hospício. Porque ele para o historiador não foi umdesequilibrado. Apareceu como integração de caracteres diferenciais – vagos,indecisos, mal percebidos quando dispersos na multidão, mas enérgicos edefinidos, quando resumidos numa individualidade...  Ele foi, simultaneamente, o elemento ativo e passivo da agitaçãode que surgiu. O temperamento mais impressionável apenas fê-lo absorver ascrenças ambientes, a princípio numa quase passividade pela própriareceptividade mórbida do espírito torturado de reveses, e elas refluíram,depois, mais fortemente, sobre o próprio meio de onde haviam partido. Partindoda sua consciência delirante.

                Édifícil traçar no fenômeno da linha divisória entre as tendências pessoais e astendências coletivas : a vida resumida do homem é um capítulo instantâneo davida de sua sociedade...

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DESCRIÇÃO DEEUCLIDES DA CUNHA:-  perfil de umamontanha extinta; aquele homem nada valeu; porque ele não criou-sepsicologicamente, mas foi criado pelo povo necessitado e sofrido que o seguia.

CARACTERIZAÇÃO:- isolado no meio do povo neurótico e vulgar, perde-se ; PSICOSEPROGRESSIVA( transtorno mental caracterizado por ilusões, desilusões,alucinações, depressões, frustrações, fugas etc. ) = enfermidade mentalcaracterizada por profundas mudanças ou desorganização dapersonalidade/caráter, freqüentemente acompanhada de estímulos de depressão,ilusões, alucinações, visões positivas/negativas que levam o homem àloucura.  

·         FOI PARA A HISTÓRIA COMO PODERIA TER IDO PARA O HOSPÍCIO.

·         Para Euclides não foi um desequilibrado, apareceu como integração de caracteres diferenciados, não como caso patológico, porque sua figura de pequeno grande homem se explica precisamente, porque sintetizou, de modo empolgante e sugestivo, todos os erros, todas as crendices e superstições que formam o temperamento, o MODUS VIVENDI do homem brasileiro do sertão.

·         No meio da multidão isolava-se, mas possuía atitudes enérgicas e definidas;

·         Todas as tendências impulsivas das raças inferiores se condensavam no homem Antônio Conselheiro;

·         Surgiu como elemento ativo e passivo de uma agitação que ele mesmo preparou;

·         Consciência delirante; falso apóstolo; revoltado contra a ordem natural; não era um incompreendido, porque foi aclamado pela multidão; as atitudes de Conselheiro eram corrigidas pela multidão em suas falhas; coerência indestrutível em todos os atos e disciplina rara em todas as paixões; o povo canudense tinha na atitude, na palavra e no gesto de Antônio Conselheiro a tranqüilidade e a resignação de um apóstolo antigo como João Batista para o povo, conforme documenta  o Evangelho de João, capítulo primeiro, versículo 23 – “Voz do que clama no deserto, endireitai o caminho do Senhor”. . e no Evangelho de Mateus, capítulo 11, versículo 28, Jesus dizendo à multidão: “Vinde a mim os que estais cansados e oprimidos e eu vos aliviarei”.

·         Doente grave – paranóico!

·         Tipo perigoso para a sociedade; egocêntrico e destruidor, conhece seus inimigos e julga que sua grandeza depende da eliminação de pessoas que o prejudicam. ( = vingador )

·         Há delírios de reivindicação, de interpretação e de imaginação: - “Tenho direito a uma posição de Salvador e ninguém reconhece isso.”

·         “Julgam-me um louco, quando sou um gênio!”.

 

GRANDE HOMEM PELO AVESSO

                “Paranóicoindiferente, este dizer, talvez, mesmo não lhe possa ser ajustado, inteiro. Aregressão ideativa que patenteou, caracterizando-lhe o temperamento vesânico,é, certo, um caso notável de degenerescência intelectual, mas não o isolou  - incompreendido, desequilibrado, retrógrado, rebelde  - no meio em que agiu.

                Aocontrário, este fortaleceu – o . Era o profeta, o emissário das alturas, transfiguradopor ilapso estupendo, mas adstrito a todas as contingências humanas, passíveldo sofrimento e da morte, e tendo uma função exclusiva : - apontar aospecadores o caminho da salvação. Satisfez-se sempre com este papel de delegadodos céus.....

Parou aí indefinidamente, nasfronteiras oscilantes da loucura, nessa zona mental onde se confundem facínorase heróis, reformadores brilhantes e aleijões tacanhos, e se acotovelam gênios edegenerados. Não a transpôs. Recalcado pela disciplina vigorosa de umasociedade culta, a sua nevrose explodiria na revolta, o seu misticismocomprimido esmagaria a razão. Ali, vibrando a primeira uníssona com osentimento ambiente, difundido o segundo pelas almas todas que em torno secongregavam, se normalizaram."

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REPRESENTANTE NATURAL DO MEIO EM QUENASCEU

                “Ofator sociológico, que cultivava a psicose mística do indivíduo, limitou-a sema comprimir, numa harmonia salvadora. De sorte que o espírito predisposto paraa rebeldia franca contra a ordem natural, cedeu à única reação de que erapassível. Cristalizou num ambiente propício de erros e superstições comuns”.

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OBSERVAÇÕES:-

1.        CARÁTER :- conjunto de disposições congênitas que formam a mente do homem; traços da personalidade com sentido ético ou social. Ex. honestidade, dignidade, lealdade, confiança, fidelidade, auto-estima etc.

2.        PERSONALIDADE: - conjunto de características afetivas, motoras, volitivas (=vontade), de conhecimento e físicas de um indivíduo (traços externos). Ex. barba, cabelo, vestimenta, higiene pessoal etc.

3.        ESTÍMULO:- energia ambiental que exercita um receptor. Objeto, fato, situação ou um aspecto do objeto, do fato ou da situação que atua sobre o organismo alterando sua atividade. Os estímulos podem ser: físicos e sociais, internos e externos. Cada estímulo gera uma resposta.

4.        PARANÓIA:- psicose caracterizada sobretudo por ilusões fixas. É um sistema delirante durável. O paranóico procura agredir aqueles que estiverem presentes em seu conflito.

5.        PARANÓICO:- pessoa que sofre de paranóia.

A paranóia é uma psicose caracterizada por umconceito exagerado de si mesmo e de idéias de perseguição, reivindicação egrandeza que se desenvolvem progressivamente, sem alucinações.

6.        PSICOSE:- doença mental; estado de alma coletivo que tem por causa uma agitação ou perturbação da alma de origem social ( familiar, religiosa, habitacional)  = comoção

7.        PSICOPATA:- aquele que sofre de uma doença mental (psicose)

CONCLUSÕES:-

Psicologicamente, até Euclides daCunha sofreu com o espetáculo da luta; o incêndio do arraial, a morte dosamigos, a bravura dos jagunços, a crueldade das degolas, a fadiga das longascaminhadas e o desconforto dos dias de acampamento, abalaram intensamente osaspectos neuro-vegetativos de Euclides que chegou a Salvador doente, semesperança, alquebrado e desanimado.

PERSONALIDADE = auto-submissão do"eu" a uma disciplina qualquer. Ex. homem de personalidade forte = éaquele que encarna um ideal ou defende uma causa empregando toda a sua energia,sua vontade até sua própria vida. Chega até a fazer da personalidade um produtosocial, estando ligado diretamente ao papel que desempenha na sociedade. Ex.Antônio Conselheiro.

O domínio da personalidade do líderatua como fonte de disciplina para a vontade e como instrumento de cooperação.

Segundo Piaget, AntônioConselheiro agiu como um adolescente quando atribuiu-se, com toda a modéstia,um papel essencial de SALVADOR DA HUMANIDADE, organizando seu plano de luta emfunção da idéia de SALVADOR, REDENTOR, aquele que levaria o povo sofrido àTerra Prometida.

Conselheiro agiu comoadolescente, fez um pacto com o seu Deus e engajou-se para servi-Lo semrecompensa, mas contando desempenhar, por isto mesmo, um papel decisivo nacausa em que se propôs a defender, demonstrando um aspecto egoísta, pois nãopensou nos outros, apenas viu as suas vantagens. O "EU" falou maisalto. Na atualidade, estes personagens levam o povo através da pregação da féhumanística, muitas vezes envolvendo a sociedade liderada por eles em nome deDeus ou de um deus que não opera maravilhas ou milagres ( = fanatismo religioso). Ex. Jean Jones; Bispo Macedo; Davi Miranda; R.R. Soares e muitas outrasseitas religiosas que confundem a mente de pessoas necessitadas de compreensão,carinho, apoio e muito amor.

BIBLIOGRAFIA:- 

l. Dicionário Melhoramentos da Língua Portuguesa – pág. 677– Vários colaboradores

2. Os Sertões”- Euclides da Cunha – Ediouro – ColeçãoPrestígio. M.Cavalcanti Proença, trechos: O Sertanejo- págs. 53 e 54 ; OJagunço – pág. 56 ; Antônio Conselheiro – pág. 67 ; Grande Homem pelo Avesso –pág. 69 ; Representante natural do meio em que nasceu – pág. 69 .

3. “Aldeia Sagrada”- Francisco Marins – pág. 52 a 56

4. Estudos de Psicologia - Jean Piaget

Prof. Stenio Esteter

Prof. Nível II – PrefeituraMunicipal de São Paulo – aposentado em 1991

Prof.Ensino Básico II – SecretariaEstadual de Educação – aposentado em 02/1999

Prof.de Metodologia Científica, Didática e Prática deEnsino da Escola Superior de Teologia Evangélica de Sáo Paulo – 1993  a 1995

Prof.de Redação Técnica, Técnicas de Redação, LiteraturaPortuguesa e Brasileira do Centro Federal de Educação Tecnológica de São Paulo,ex Escola Técnica Federal de São Paulo.

Prof. de Português e Interpretação de texto do Centro deEstudos Tributários e Empresariais de São Paulo

Prof. de Redação Jurídica e Língua Portuguesa no Institutodo Direito e do Bio-direito de São Paulo.

Conferencista das comemorações dos 90 anos da Escola TécnicaFederal de São Paulo – UM PROJETO DE LEITURA QUE DEU CERTO :- OS  SERTÕES – Euclides da Cunha.

                                                                                              SãoPaulo, junho de 2001

 
Stenio Steter (Area II)
 
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